Free

Fico surpreendida com o facto do meu ex-namorado não mexer comigo em nada. Nada de nada.
Se calhar por ter sofrido como nunca sofri por ninguém. Se calhar por ele ser um filho da p*#$% e não, não estou a ser exagerada.
Sinto mais coisas por ex´s mais antigos como amizade, carinho e só de vez em quando um bocadinho de sentimento de posse. Agora com o último é que não há mesmo mais nada a sentir nem a falar. Enterrado.
Devo ter esgotado todos os sentimentos bons e maus por essa pessoa. E é bom. É tão bom sentir-me leve e solta como antes.
Obrigada vida pelas voltas que me dás.

Cenários Parte II

Já pereceberam que sonho um bocadinho demais não!?!?!
É que se isto pega daqui a nada vou na parte XVIII

Ora este passa-se na Europa. Ora que novamente casada e com um marido muito inteligente e com necessidade, assim como eu, de viver fora daqui por uns tempos num qualquer país evoluído e com cultura.
Gostava de um belo apartamento de traça antiga com pé direito alto, mobilia com personalizada. Festas, concertos e restaurante novos todos as semanas. Mercados com alimentos apeteciveis. Não conhecer ninguém. Viajar aos fins de semana para outros lugares.
Parece-me bem, muito bem!

Cenários Parte I

Gosto imenso de imaginar cenários de vida onde me sinta confortável.

Casada com 4 filhos a viver num monte do litoral alentejano. Cães à solta, praia a 5 min. tudo faz surf menos a mãe. Roupa descontraída, cabelos com sal, passeios de bicicleta a 5. Um burro. Fins de tarde a fazer trabalhos manuais com os miudos e a lanchar torradas de pão alentejano.

Turismo rural para gerir com um entra e sai de familias do mundo inteiro bem dispostas e afáveis. Receber pessoas em regime de tudo incluído. Querem jantar? Muito bem vou só por o avental, buscar umas coisas à minha horta bilógica e daqui a meia hora podem sentar-se no alpendre ao pé da piscina de água salgada.

Casada com alguém parecido comigo, que me fizesse surpresas e me tratasse como uma princesa, sem muita lamechice para não me enjoar.

Acho que ia ser feliz assim!

Arrumar gavetas

Bem sei que é sexta feira à noite e ainda por cima há programa mas preciso de escrever este post antes de me ir arranjar.
Não sei muito bem porquê mas acho que ao final de alguns meses de namoro fico sempre nostálgica, falta-me qualquer coisa. Sinto um certo vazio. Não chega nunca. Quero sempre mais da pessoa. Ás vezes até admito posso ser injusta, mas só às vezes....
Acontece-me quando tenho relações, quando estou sozinha não sinto tanto.
Há um buraco na minha vida. Existe e eu sei porquê. No dia a dia não sinto falta mas quando penso nele sinto vontade de chorar. Sinto falta de um líder, de um porto seguro, de um abraço forte, de saber que está lá para me proteger, Sinto falta de um Pai!
Ele não quis e não quer estar presente e sinceramente da maneira que ele poderia estar também prefiro não o ter ao meu lado mas o meu inconsciente, o meu coração talvez, deve sentir falta. E eu exijo muitas vezes essa falta à pessoa que está ao meu lado. Quando começo a ganhar confiança pois claro. Pois que no inicio não tenho sequer coragem nem à vontade para exigir nada.
Esta falha na minha vida, a de não ter tido e de não ter um pai presente, é ultrapassável pois claro que é mas acho que podia ser muito mais feliz se ele fosse uma pessoa equilibrada. E isso eu não posso fazer nada, não consigo mudar. Portanto ter esta consciência e poder vir ler este post sempre que me esqueço disto já ajuda.
Preciso de arrumar gavetas na minha cabeça e espero que este post também possa servir para isso.