A minha geração, de uma maneira geral, sofre de um mal que nos torna mais exigentes e menos tolerantes. São as malditas expectativas. As dos outros e principalmente as nossas. Queremos ter a pessoa ideal fisicamente, com valores, com uma vida parecida com a nossa. Que frequente os mesmo sitíos, que queira fazer as mesmas férias, que goste de sushi e que nos compreenda como a nossa mãe. Queremos o emprego que nos dê imenso prazer, com colegas que podiam ser nossos amigos, que nos dê dinheiro para viagens, roupas e sapatos que sonhamos.
Temos as expectativas muito altas em relação à vida. Queremos tudo à nossa maneira porque ceder e aceitar dá muito trabalho. Cansa muito. É mais fácil desistir e partir para outra. Não se luta porque achamos que da próxima é que é. Porque só temos 30 e ainda temos imenso tempo à nossa frente.
Sermos exigentes sim e vivermos com a nossa conduta intacta também, mas se calhar podíamos começar por aceitar que o homem da nossa vida não tem 1.80 nem olhos verdes e que se for baixo e usar óculos pode ser o nosso melhor amigo e companheiro durante muito tempo.
Se as expectativas forem mais baixas todas as surpresas boas da vida são melhor aproveitadas
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